• Por que dançar? Quando a dança cura ... Em português

    Por que dançar? Quando a dança cura o corpo, a alma e o espírito.

     

     POURQUOI DANSER ?

    As nossas sociedades reduziram a dança a uma actividade secundária, um simples entretenimento. Esqueceram o que os Antigos sabiam: a sua importância no equilíbrio individual e social. Hoje, mesmo que as práticas amadoras e colectivas tenham conhecido um recrudescimento importante, demasiadas pessoas ainda pensam que a dança é reservada apenas aos dançarinos, muitos homens consideram que se trata de uma actividade para as mulheres; a maior parte das pessoas idosas imaginam que apenas diz respeito aos jovens, para não falar das pessoas com mobilidade reduzida que não ousam ir lá com o pretexto de que seria necessário um corpo ágil e exercido ...

    Mas a dança pertence a todos nós.   Como aconteceu connosco durante séculos e em muitos outros continentes, esta dança colectiva, expressão da cultura oral milenar, representa, como para todos os povos do mundo, uma experiência ao mesmo tempo musical e corporal, ritual, coletivo, igualitário, alegre, onde o movimento é ritmado em comum. (vídeo).


    Há tão poucas coisas que nos unem hoje em dia em nosso mundo onde melancolia e solidão se tornaram a norma! A questão da convivência, que se coloca desde sempre, tornou-se crucial. Como sair do impasse em que nos coloca a angústia do outro (o estrangeiro, o jovem suburbano, o pobre, o doente...), a menos que encontremos com ele uma medida comum, algo a partilhar para além da nossa origem social e étnica? A dança pode ajudar a preencher esta missa?


    Dançar põe-nos em ressonância uns com os outros,tranquilizando assim o nosso desejo paradoxal de dizer «nós», preservando ao mesmo tempo o «eu». Lá se junta o universal sem perder de vista o particular.
    Nas danças existe uma linguagem universal que é o ritmo. Vem do fundo das idades e fala-nos directamente, o que nos permite entrar na dança do outro muito mais rapidamente do que na sua língua. Dançar eleva-nos acima das nossas limitações, distancia-nos do nosso «pequeno eu», dá-nos acesso a um mundo mais essencial, um universal do qual cada um de nós é uma excepção singular.
    A dança sempre teve um papel social e terapêutico, serve a coesão do grupo e possui propriedades curativas conhecidas há milénios.

    Na medida em que a dança solicita os diferentes níveis que constituem o ser humano, ela representa ao mesmo tempo um instrumento privilegiado para integrá-los, organizando-os numa actividade unificada. Se dança com o corpo e com a alma, o coração e a razão, o inconsciente e o consciente, por si mesmo e pelos outros ?

    Dançar permite articular harmoniosamente todos estes níveis que nos constituem mas que nos parecem demasiadas vezes como registos separados. Herdeiros do pensamento dualista ocidental, vivemos isolados dos outros, isolados do grupo, e...cortados ao meio, a mente de um lado, o corpo do outro…

    Dançar juntos (vídeo) é um caminho para nos libertar do nosso individualismo, do nosso isolamento, para nos dispormos a fazer sociedade, a reequilibrar-nos honrando os dois pólos da nossa identidade, o colectivo e o individual.


      Extractos extraídos de «Quando a dança cura» de France Schott-Billmann

     

     

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